A IURD desiste de processo judicial contra Semanário Angolense
A queixa fora motivada por um artigo de Celso Malavoloneke sob o título «As questões que a IURD não responde», no qual, entre outros, criticava o facto de uma pastora brasileira da congregação ter estado um dia desses a incentivar jovens angolanos a terem um comportamento sexual praticamente depravado desde que fizessem uso da «camisinha». O articulista defendia também que a IURD seria mais empresa que confissão religiosa, por ter desenvolvido uma grande capacidade para ir aos bolsos dos seus fiéis, sob a capa do famoso «dízimo».
A Igreja Universal do Reino de Deus em Angola pedia à contraparte uma indemnização acima dos
500 mil dólares americanos. O julgamento fora já adiado em três ocasiões, por razões que desconhecemos até hoje. A quarta data seria a sexta-feira passada, mas também não se realizou, tendo os arguidos, depois de uma «seca» de várias horas, sido agradavelmente surpreendidos com a informação de que a parte queixosa tinha desistido do processo, até então sob a responsabilidade do juiz Tito Filipe.
Acredita-se que o processo movido pelo Estado angolano contra a Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, na sequência da tragédia do seu «Dia do Fim», terá tido influência decisiva no recuo da congregação, provavelmente para não estar engajada em simultâneo em duas frentes fortes.
O Estado angolano processou a IURD por homicídio involuntário, na decorrência da sabida tragédia de 31 de Dezembro de 2012, quando 16 pessoas seriam mortas por esmagamento entre mais de 100 mil fiéis que participavam numa mega-manifestação religiosa por ela promovida na Cidadela Desportiva, no famigerado «Dia do Fim».
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