MIALA & CIA CONDENADOS À PRISÃO EFECTIVA


Jamilson Miguel, no Supremo Tribunal Militar


O Tribunal Supremo Militar condenou no dia 20/09, em Luanda, o antigo Director Geral dos Serviços de Inteligência Externa, Fernando Garcia Miala, por 4 (quatro) anos de Prisão, e os seus antigos coadjutores, por dois (2) anos e seis (6) meses.

Estamos numa quinta-feira, como disse o meu companheiro de batalha, dia 20 impróprio para cardíaco. Um dia esperado por muitos, afinal não era para menos, porque seria a leitura da sentença do julgamento daquele que até então era a segunda pessoa mais importante do aparelho de estado.

O Supremo Tribunal Militar conheceu neste dia a sua maior enchente deste ano, porque, muitas são as pessoas que queriam ver de perto o julgamento do homem que nos tempos que muitos se lembram era um autentico braço direito do Presidente de Angola, um homem que dispensa apresentação, “ General Miala ”.

Segurança redobrada, familiares, jornalistas, amigos, antigos colegas, estudantes de direito e muitos outros, fizeram-se presente a casa mãe da lei militar. Com tudo o que se vislumbrava, a média lá presente não tinha duvidas, antes da leitura da sentença que Fernando Garcia Miala, e os seus antigos colaboradores mais directos seriam mandados para cadeia efectiva.

João Maria de Sousa, Representante do Ministério Público, foi o ultimo a chegar. Por volta das 11 horas. Começava a leitura da sentença do aludido crime de insubordinação cometido pelos antigos responsáveis máximos da «Bófia» Angolana. Leitura feita pelo General Patónio, Juiz Presidente do Tribunal Supremo. Feita a introdução da sentença, “ Patónio”, sublinha que o «Tribunal condena com prisão efectiva, Fernando Miala, à 4 anos de prisão, Miguel Francisco, Ferraz António e Maria da Conceição Domingas, à 2 anos e 6 meses». O clima ficou frio, lágrima no canto dos olhos dos familiares e amigos dos réus, mesmo com o veredicto final do Tribunal, os réus conseguiram contar-se.

Logo após o a sentença, o Advogado do Réu Miala, Eusébio Rangel, disse que vai impor um recurso, mas deixou claro que nestes casos não tem muitos efeitos, porque quem decide é sempre o Tribunal, ou seja os mesmos que condenaram os réus.

De realçar que o caso Miala começou com a sua exoneração, isto é em Fevereiro de 2006, prescindido da criação de uma comissão de Sindicância, criada por sua excia Presidente da Republica, que teve como missão constatar o trabalho efectuado por Miala e seus Pares, na condução dos destinos dos Serviços de Inteligência Externa. Tal como foi a quando da exoneração do antigo General, agora desgraduado para Tenente General, também no dia da condenação o Presidente Angolano está fora do país.

Publicado por: Adriano de Sousa às 5:01 PM. Matéria encontrada em . Você pode acompanhar quaisquer matéria relacionada ao assunto através do RSS 2.0.